Um belo Belogue dedicado às questões do foro esférico, sejam elas relacionadas com a Terra, com a nossa cabeça ou com o futebol. Admitem-se posts culturais, futebolísticos, científicos e parecidos. Se por vezes as boladas do Bolague parecerem não ter piada instantânea, não desespere: talvez se ria umas horas mais tarde, naquilo que se definiria como um caso típico de Bo-Lag
domingo, 15 de abril de 2012
Sobre o número de títulos de futebol
http://www.maisfutebol.iol.pt/fcporto/fc-porto-benfica-titulos-futebol-maisfutebol-taca/1255152-1304.html
Relativamente à página acima, gostaria de acrescentar um ponto, independentemente de se contabilizar ou não o Campeonato de Portugal e a Taça Latina. Será que não se está a comparar o que não é comparável?
Há competições que não ocorreram em todo o período de análise, como a Supertaça Europeia, bem como a Supertaça Cândido de Oliveira. Isso causa uma sobrevalorização dos títulos do FC Porto, meramente pelo facto de igual número de vitórias nas competições de acesso a essas taças em anos anteriores não terem dado ao Benfica a oportunidade (digamos... estatística) de lutar por esses troféus. Basta pensar que se, em média o Benfica (e já agora: Sporting... etc) tivesse ganho em média 50% das Supertaças a que poderia ter ido antes da época 1978-79, o número de troféus do Benfica aumentaria muito.
A mesma análise é válida quanto à Supertaça Europeia, que começou na década de 70. O Benfica não a disputou porque... não existia até então (em média poderia ganhar digamos 1 em 2 possíveis) ao passo que o Porto teve essa possibilidade (tendo ganho precisamente 1 em 2). Não se trata de defender o Benfica. Claro que o FCP tem sido dominador nos ultimos 20-30 anos. Mas ao se contabilizarem as Supertaças Candido de Oliveira como "títulos", o que se está é a atribuir um coeficiente de ponderação artificial às vitorias no campeonato e taça destes anos mais recentes (desde 78-79) em detrimento dos anos anteriores, sendo que a Supertaça não é uma competição em que todos os clubes entrem livremente em igualdade de circunstancias (como a Taça, a Taça da Liga ou o campeonato nacional).
sábado, 14 de abril de 2012
É de P...ensar bem nisto
Claro que é sempre fofinho ter crianças num anúncio. Qualquer anúncio com crianças seria queriducho. Mesmo um anúncio a pesticidas, ou a medicamentos contra a calvície.
Mas aproveitar as crianças para transmitir uma imagem "familiar" (literalmente) é simplesmente inapropriado e um abuso da imagem dos próprios, que ainda não têm idade para opinar se querem vender a sua imagem dessa forma. Como no caso do anúncio da EDP, em que (supostos) filhos de colaboradores da dita dizem frases que exageram de forma claramente não infantil o papel dos pais enquanto funcionários da Eléctrica.
Foi de livre vontade que as crianças disseram aquilo?? "O meu pai é o melhor (sic) que o Einstein..." Será que aquele puto sabe quem foi Einstein? Não é falacioso comparar o trabalho revolucionário de um cientista que abriu novos caminhos para a Ciência com o de um técnico que está a projectar uma rede?" E aquela menina americana é tão totó que não percebe que uma coisa é o pai dela soprar e outra coisa são as pás das turbinas rodarem por acção do vento? Mas é queriducho.
Ah, e como é conveniente juntar o elemento religioso "O meu pai é como o Noé pois trabalha num sítio que protege tudo o que está na Natureza". Tudo, mesmo?? As barragens não têm um impacto ambiental? Ah, pois as crianças exageram. É como a mãe da menina que está a construír 5 barragens... É um exagero, ela sozinha nunca conseguiria fazer isso. Mas está a construir... e a EDP é queriducha também, pois protege o ambiente.
Acho publicidade enganosa, pois coloca as crianças num contexto que não tem nada a ver com elas a dizer coisas que normalmente não diriam, pelo menos nos termos que são apresentados.
Já houve uma queixa de uma Associação de Consumidores. Bravo.
Não tenho nada contra a EDP, embirro é contra esta campanha publicitária.
Mas aproveitar as crianças para transmitir uma imagem "familiar" (literalmente) é simplesmente inapropriado e um abuso da imagem dos próprios, que ainda não têm idade para opinar se querem vender a sua imagem dessa forma. Como no caso do anúncio da EDP, em que (supostos) filhos de colaboradores da dita dizem frases que exageram de forma claramente não infantil o papel dos pais enquanto funcionários da Eléctrica.
Foi de livre vontade que as crianças disseram aquilo?? "O meu pai é o melhor (sic) que o Einstein..." Será que aquele puto sabe quem foi Einstein? Não é falacioso comparar o trabalho revolucionário de um cientista que abriu novos caminhos para a Ciência com o de um técnico que está a projectar uma rede?" E aquela menina americana é tão totó que não percebe que uma coisa é o pai dela soprar e outra coisa são as pás das turbinas rodarem por acção do vento? Mas é queriducho.
Ah, e como é conveniente juntar o elemento religioso "O meu pai é como o Noé pois trabalha num sítio que protege tudo o que está na Natureza". Tudo, mesmo?? As barragens não têm um impacto ambiental? Ah, pois as crianças exageram. É como a mãe da menina que está a construír 5 barragens... É um exagero, ela sozinha nunca conseguiria fazer isso. Mas está a construir... e a EDP é queriducha também, pois protege o ambiente.
Acho publicidade enganosa, pois coloca as crianças num contexto que não tem nada a ver com elas a dizer coisas que normalmente não diriam, pelo menos nos termos que são apresentados.
Já houve uma queixa de uma Associação de Consumidores. Bravo.
Não tenho nada contra a EDP, embirro é contra esta campanha publicitária.
Vamos lá analisar bem isto...
A campanha "Portugal está a chamar. Vamos lá" da TMN inclui exemplos de desportistas, designers, artistas... Enfim. Confirma-se que somos um país de poetas.
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