quinta-feira, 14 de julho de 2016

Notas finais sobre o Euro, parte 2

Duas equipas a jogar futebol, uma a tentar defender e lançar contra ataques, outra a fazer ataques continuados sem sucesso... foi a 1a vez que se viu isso no futebol? Foi 0 a 0 numa final? Foi a 1a final que acabou 0 a 0?

Sim, o futebol é dos poucos desportos onde o 0 a 0 é um resultado muito provável. A emoção do futebol é apenas o golo? Quando o guarda-redes da minha equipa defende uma bola difícil, para mim é como se fosse golo. Quando o avançado da equipa contrária falha, para mim é como se fosse golo. A emoção e a beleza do jogo não são só os golos. Querem desportos de muitos golos? Temos o andebol, o voleibol ou o basquetebol! Aliás, esse argumento é dado pelos detractores do futebol, que é um low scoring game. So what? Se acaba 0 a 0, é um resultado normal e que se aceita, se os treinadores e jogadores fizeram o seu melhor.

Olhando para o final da Final, quem é que mete um atacante, um ponta de lança!, para tentar ganhar o jogo? A França? Não, as substituições da França foram só troca-por-troca. Mas Portugal quis ganhar o jogo!, fosse no final dos 90' fosse no prolongamento. Eles sabiam que teriam poucas chances de ir lá à frente, mas à medida que o tempo foi passando as oportunidades foram aumentando. Portugal também enviou uma bola à barra! E que ironia seria se fosse Raphael Guerreiro a marcar a França, qual Deco rejeitado pelo Brasil que marca um golaço ao Brasil na sua 1a internacionalização. E que escândalo seria, pois a mão que deu o livre foi afinal a de Éder (mas não terá sido Éder empurrado?)

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